domingo, 15 de agosto de 2010

PEQUENO HISTÓRICO DOS POTENCIAIS DA AMAZÔNIA

Ao longo do tempo a Amazônia foi alvo de intervenções desastrosas que marcaram profundamente o imaginário do povo da região. A única certeza que temos é a extrema ignorância acerca dos recursos naturais e dos riscos ambientais na região. Custa a crer que depois de tantas intervenções desastrosas, a floresta tenha permanecido incólume até os dias de hoje. Predominam duas visões antagônicas e conflitantes, que constituem a principal razão dos debates acalorados entre os diversos setores envolvidos, cada um tentando prevalecer seus argumentos como principal condicionante. Uns, tem uma visão demasiado otimista acerca da capacidade dos potenciais de suprir as necessidades do sistema Sudeste e Sul, uma visão exploratória que não contempla os riscos ambientais dos grandes reservatórios. Outros têm uma visão patrimonialista de um meio ambiente “intocado” que precisa ser protegido a qualquer custo, como um “patrimônio da humanidade”, uma espécie de “santuário ecológico”.
Os problemas da Amazônia envolvem aspecto de natureza sócio ambiental, política, técnica e econômica. Do ponto de vista sócio ambiental as restrições são genuínas, em vista dos antecedentes de interferência indevida. Do ponto de vista técnico, o problema está mal colocado. Mesmo sem focar os argumentos apenas no aspecto ambiental, constatamos que, de todas as intervenções, até hoje não conseguimos encontrar uma sequer que não resultasse em fracasso retumbante. Os grandes vilões da Amazônia são as queimadas, seguidas da criação predatória de bois. Com o despertar da consciência ambiental no fim do século o olhar do mundo inteiro estará voltado para a região amazônica, pondo em xeque questões de soberania. Não é só a questão de emissão de gases do efeito estufa, mas também o efeito de grandes reservatórios que constituem fator elevado de risco potencial que podem alterar o clima de forma ainda não conhecida. Questões de segurança por via militar pode agravar ainda mais o isolacionismo que impede o real conhecimento da região, cuja soberania virá a ser contestada pelo mundo todo. A melhor forma de integração é pelo conhecimento. A melhor defesa é a ocupação por proprietários titulados que interferem pouco com o meio ambiente.

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