domingo, 3 de novembro de 2013

O "XIS" DA QUESTÃO


MADOF INVERTIDO Claro que não vou falar de “inocentes” que ocuparam cargos no perigoso conselho de administração das empresas “X”, nem dos técnicos e engenheiros que portaram “virtuais segredos” ao se baterem em retirada – da mesma forma que fazem os engenheiros patriotas ao abandonar a Petrobras – porque não tenho a “cancha” de um Èlio Gaspari pra me meter em encrencas. A esses pobres coitados desejo o mesmo destino do criador de “pirâmides” do título deste comentário: “VOCÊS QUE SÃO BRANCOS que se ...”. Antes de se tornarem celebridades do mal, escaparam pela porta dos fundos, demitidos voluntariamente a pedido dos próprios interessados.

OS HERDEIROS DE EIKE


Quem nos protegerá de nossos protetores? (‘Quis custodiet ipsos custodes?’) A quem beneficia a queda do "grande Gatsby". A plebe está babando de gosto. Um é Joakim, da galp. Outro é Manolo, da Repsol, ambas empresas minúsculas associadas à estatal chinesa Sinopec – que formariam um único consórcio – estavam inscritas no leilão de Libra. Quem nos protegerá dos nossos protetores chineses? Acabou virando o “braço da viola”: Deu Petrobras na cabeça, com 2 petrolíferas europeias e mais 2 estatais chinesas. Também um consócio único sem concorrentes. O mesmo acontece com o "grande Gatsby" das empresas X. No momento, fogem dele como o diabo foge da cruz. Uma ajuda no momento seria “um tiro no pé”, tendo em vista as manifestações de rua. A letra “X” que já foi objeto de repúdio na privatização da Petrobrax agora ficou tão desmoralizada que a Xuxa resolveu trocar o nome para chucha, segundo Zé Simão. ATÉ TU BRUTUS Beneficiou-se, tanto quanto seu pai se beneficiou do antigo regime. E agora se beneficia dos que combateram o antigo regime. Se beneficiou tanto quanto os intelectuais se beneficiam da "Lei Ruanet" como denuncia "Lobão (o outro, é claro), ou tanto quanto os que combateram a ditadura e agora são beneficiários de gordas aposentadorias. Políticos com mais de 70 anos correm o risco iminente de extinção, como o ministro ubíquo das micro empresas e ao mesmo tempo vice governador - que parecia um cara bacana - e que agora se junta a "fauna de políticos desta imensa unanimidade que acabará numa idolatria que dá medo . O Brasil e a 'América latrina' toda são países de compadres, como mostrou o grande entrevistado do programa Roda Viva há 2 dias: nada menos que o prêmio Nobel de literatura: Mario Vargas Llosa. Dá gosto ser leitor do cara que perdeu a eleição para o "Chino".

VOLTA AO GATILHO PARA AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS


Nem tudo são flores. Apesar da recuperação do prestígio – por conta das bondades – o governo colhe os piores reveses na balança comercial desde 98. Tudo em razão da conta petróleo que acumulou deficites de 19 bilhões na conta petróleo, anulando resultados positivos de outros setores. Fora as mágicas contábeis na exportação de plataformas que não saíram do lugar, manutenção de refinarias e gasto excessivo na refinaria Abreu & Lima cujo sócio não comparece com sua parte na sociedade, fora sucessivos calotes na dívida da Venezuela. Faz tempo que o governo vem sendo alertado pela presidente da Petrobras sobre a necessidade de equiparação de preços dos combustíveis, mas a excessiva esperança na exploração do pré-sal – depois da vitória forçada e desnecessária do consórcio único no leilão de Libra – o governo por fim se dá conta da necessidade de aumento no preço da gasolina e diesel distribuídos para fazer face às despesas programadas na exploração. E o faz através do instrumento ambíguo do “gatilho” para fazer privatização diferenciada de governos anteriores. Ora, gatilho é um recurso de sindicalistas que se torna inócuo se os preços são livres, apenas regulados pelo câmbio. Está certo Ildo Sauer que seria melhor uma exploração gradual através de serviços prestados pela Petrobras em lugar do complicado sistema de partilha. Estão certos também as velhas raposas nacionalistas – mas não pelos mesmos motivos – que o adiamento do leilão daria um tempo precioso para a Petrobras se recompor de grandes perdas sofridas e esperar pelo resultados do excesso de alternativas do momento como “Shale gás” e pré-sal do golfo do México e costa da África. Acontece que os resultados demoram e enquanto duram o Brasil corre o risco – segundo Adriano Pires – de se tornar grande produtor e exportador de petróleo no futuro distante e incerto enquanto permanece na condição por período prolongado da importação onerosa de combustíveis. O Brasil já foi autossuficiente no sistema de concessão, quando a Petrobras foi privatizada.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LIBRA: UM LEILÃO DE PERDEDORES


CONSÓRCO ÚNICO PROCLAMADO VENCEDOR NO LEILÃO DE LIBRA Providencial a notícia de espionagem: foi o motivo de que precisavam para o adiamento, por falta de concorrentes. Só empresas chinesas interessam para garantir fornecimento futuro de petróleo e nem se importam em ser operadoras. Até já tinham oferecido financiamento para cobrir os 30% que cabe à Petrobras. Na inscrição só apareceram chinesas, estatais evidentemente. Na hora do leilão não apresentaram proposta por serem sócias da Petrobras. Por conta disso também deixaram de comparecer a Petrogal e Repsol, pelo mesmo motivo. Depois de tanto tempo sem leilão o adiamento seria interpretado como fracasso. Foi uma “Vitória de Pirro”. Mesmo com a queda de produção na bacia de Campos e apesar do insucesso das empresas “X”, as apostas visam apenas o futuro distante para manter a “mística do Pre-sal”: interessa mais presente (gift) do “bônus de assinatura”. O que importa no momento é o sucesso do 1º poço promissor. Depois virão outros e muita coisa pode ser mudada no próximo governo. A melhor forma de explorar petróleo é como faz Cuba: durante décadas da guerra fria “extraía” petróleo da antiga URSS. Com a perda do fornecedor, depois da queda do ‘muro’ passou “extrair” petróleo da Venezuela em troca de médicos. E o Brasil – que agora importa médicos de Cuba – talvez possa substituir a Venezuela – agora em dificuldades – com fornecimento de petróleo do Pré-sal em troca de médicos. Não só médicos como mecânicos e funileiros, atividade na qual os cubanos são especialistas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

NÃO HÁ LEILÃO COM CONSÓRCIO ÚNICO


LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS Não foi, tipicamente um leilão no conceito a que estamos habituados, com vários consórcios concorrentes. Foi um leilão de perdedores: perde o leiloeiro (união) que vai receber menos na repartição do lucro petróleo – obviamente pela falta de concorrente. Perde a Petrobras que – já tendo a garantia mínima de 30% de participação como operadora única – foi obrigada a pagar 10% a mais em um momento de dificuldade de caixa. Aquele que faz o serviço da exploração recebe mais e não menos lucro futuro ao contrário do “leilão português”: no qual quem oferece o menor lance “carrega o piano”. Um leilão na forma de concessão traria mais recursos para exploração de outros campos, diretamente pela Petrobras na forma de prestação de serviço como sugere o professor da USP Ildo Sauer. LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS A existência de um vencedor requer a participação física de pelo menos mais um consórcio oponente. Como pode haver vencedores se não há concorrentes? Quais foram os vencidos. Faz lembrar “Alice no País dos espelhos”, de Lews Carol, quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta: ao final chegaram todos juntos na hora combinada e todos vão receber as medalhas!”

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LEILÃO DE LIBRA FOI HOMOLOGAÇÃO


O Não precisava fazer parte de consórcio, pois sua participação já é automática com mínimo de 30% como operadora única. Mas o fez para assegurar a participação de grandes petrolíferas e pelo menos um consórcio. Com pretendente único não é leilão. Mas, para ser líder a Petrobras teve que pagar mais pelo bônus de assinatura – 40% de 15 bilhões – e o Brasil vai receber menos óleo – o mínimo – na ausência de concorrentes. A surpresa foi a apresentação da proposta vencedora – apresentado nos últimos segundos – para evitar maiores dissabores: um arranjo pra ninguém botar defeito. LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS Como pode haver vencedores se não há concorrentes? Quais foram os vencidos. Uma paródia de “Alice no País dos espelhos”: Faz lembrar Alice no país dos espelhos de Lews Carol. Quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta, ao final todos chegaram juntos e quem vai receber os prêmios?”

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

BRINCANDO DE ESPIONAGEM NOS CAMPOS DO PRE SAL


ESPIONAGEM: GRANDE NOVIDADE! Os responsáveis são os próprios funcionários ‘patriotas’ que tem acesso aos dados – constantemente mudando de emprego – caso de engenheiro de alta posição que saiu da Petrobras e foi para empresa ‘X’. Não é proibido levar acervo próprio. Na verdade grandes empresas não gostariam de estar subjugadas à Petrobras, que pode mudar as regras no meio do caminho, fato que já aconteceu com a própria, na Bolívia e Argentina. Presidenta não comparece ao 1º leilão do Pré-sal por receio de manifestações de sindicatos e nacionalistas para adiar o leilão. Aí, só comparecem estatais e chinesas, únicas que tem condições de esperar pelo petróleo futuro. Petróleo e gás – que é bom mesmo – só daqui 8, 10 anos, se tudo correr bem. Resta o “bônus de 15 bilhões, para cobrir rombo do “superávit” primário”. Se é assim, melhor teria sido concessão ou “cessão onerosa”, que rendeu 42,5 bilhões no poço de Lula, pouco promissor.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

NOVO APAGÃO COM TERMICAS LIGAS


APAGÕES COM TÉRMICAS NA BASE Apagões acontecem mesmo com térmicas acionadas enquanto hidroelétricas são desligadas para encher reservatórios. Daqui pra frente vai ser assim. Termelétricas já fornecem mais de 1/3 da energia (Kwhora) Apagões se sucedem pela perda de qualidade técnica segundo alerta Pingueli Rosa. Equipamentos e linhas são antigos e requerem remuneração adequada. Mudanças na legislação acabam afugentando os investidores ou a redução dos melhores quadros técnicos das empresas. Não será apenas por ineficiência, falta de manutenção e fiscalização. O problema é estrutural: Não falta energia. Falta linha de transmissão e custa pouco para o sistema ser mais conectado e ter mais caminhos alternativos. que requerem modernização e manutenção, algumas inéditas em tensão superior às existentes que sequer foram ainda experimentadas, a exceção de algumas linhas na China em 1 milhão de volts, corrente contínua e capacitor série. EUA e Europa vêm incentivando ao máximo a geração distribuída, próxima à carga. Isso evita o crescimento desmesurado da malha de transmissão e, por conseguinte, de seu custo e risco respectivo. No Sudeste acontecerá naturalmente como forma de fugir ao controle burocrático imposto pelas distribuidoras. Não é a toa que os donos de estabelecimentos sejam “incentivados” a instalar geradores de reserva, o que é uma evidência da necessidade de térmicas complementares nos períodos de pico de demanda, ou seja: o privado se antecipando ao público. Em um momento em que o governo busca reduzir tarifas de eletricidade 4 apagões ocorrem em menos que 2 meses. Térmicas são acionadas mais por precaução com o clima porque os reservatórios não dão conta da regulação. Mas, não falta energia. Pelo contrário há excesso de eletricidade segundo o ONS. Falta linha de transmissão para o sistema ser mais conectado e ter mais caminhos alternativos.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

GASOLINA MAIS CARA NESTE FIM DE SEMANA


O COMEÇO DO FIM OU O FIM... Manifestações impedem alta nos combustíveis. Fuga de investimento inviabiliza 1ª rodada do PRESAL. A anunciada eliminação dos estímulos do FED combinado com o sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina, diesel e etanol. Se, o “1º tsunami de dólares” barateava o combustível importado, ainda era possível a equiparação do preço nas distribuidoras. Agora é impossível: imagina o efeito perverso de uma valorização do dólar que encarece o gás, gasolina e etanol importado que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente. A essa altura dos acontecimentos uma alta no preço dos combustíveis na bomba seria “um tiro no pé” tendo em vista o clamor das ruas. Mas, seria muito pior o aumento inevitável em ano de eleição. Gasolina aumentando usuários vão consumir menos de outros bens, reduzir viagens e haverá redução no preço desses outros bens. A inflação é um fenômeno monetário. http://letras.mus.br/vital-farias/49294/#selecoes/380165/

terça-feira, 20 de agosto de 2013

DOLAR EM ALTA NOS EMERGENTES


POLÍTICA DE AFROUXAMENTO MONETÁRIO Segundo Meireles (folha de domingo, 4), foi um processo de alta liquidez e juros baixos que permitiu ao FED uma política de incentivo ao consumo e ao crédito com inflação sobre controle. Isso, só foi possível graças à capacidade da China de exportar produtos de baixo preço. Mas, foi a grande riqueza gerada pela cooperação com os países asiáticos o responsável pela alta exagerada das ações das empresas multinacionais, especialmente as de internet no fim dos anos 90 que levou os EUA a recessão, – devida a perda patrimonial dos prejudicados na bolsa – e que motivou o afrouxamento da política monetária. A operação teve sucesso, mas o excesso de liquidez fez outros ativos subirem exageradamente no mercado imobiliário. Quando a bolha estourou houve paralização dos mercados de crédito e investidores em geral. Aí, sim tivemos uma crise global. Este afrouxamento só foi possível devido aos elevados défites nas contas externas dos países importadores financiados na maior parte pela poupança Chinesa e de outros países poupadores. Foi uma cooperação perfeita entre consumidores de países produtores de alta tecnologia e os poupadores dos países emergentes que financiavam com lucro a venda de produtos baratos. Mas a cooperação se tornou insustentável por 2 motivos principais: – Países emergentes não poderiam continuar sustentando déficits imensos dos EUA e financiando a gastança Americana sem atrair a “birra” dos emergentes por melhor nas condições de vida. Isso colocou os EUA isolados no foco da reação de terroristas. – A alta do dólar foi o primeiro resultado do anúncio cauteloso da retirada gradativa do estímulo (“Tsunami de dólares”) pelo do presidente do FED, agora reforçado. O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA combinado com a eliminação dos estímulos traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo. Não constituiu surpresa alguma a valorização do Real frente ao Dólar que levou ao consumo de bugigangas importadas. Apesar de esgotados os estímulos permanecem. Agora ocorre a mesma coisa com sinal trocado: sabíamos que mais dia menos dia os dólares acabariam por voltar ao seu local de origem e porto seguro. Só não sabia quando. Desta vez – não mais como consumo de mercadorias baratas – mas como investimento. Viagens ao exterior se tornam mais caras, e brasileiros vão usar o dólar mais caro para comprar imóveis ou investir em empresas americanas. A alta exagerada das ações – principalmente de Internet – teve ganhadores, que foram as empresas multinacionais, mas teve também perdedores devido à perda patrimonial dos que tiveram prejuízos na bolsa, como fartamente documentado. A política de afrouxamento ou “tsunami de dólares” foi o que permitiu ao FED adotar política de Juros baixos e incentivos ao consumo e ao crédito com baixa inflação. Onde foram parar os dólares resultantes do afrouxamento monetário? O principal beneficiário foi a China e, por consequência o Brasil com o “boom das comodities”.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

PREÇO DO GÁS AINDA É OBSTÁCULO AO ACIONAMENTO DE TÉRMICAS


GAS DE XISTO Indústrias de cerâmica e de vidro substituíram óleo combustível pelo gás e perderam competitividade, mas “não têm como voltar atrás” (Abividro). Até meados da década passada, o Brasil era fornecedor de vidro plano para quase toda a América do Sul. Há uma forte concorrência pelo gás para produção de “calor de processo” e gás para acionamento de térmicas. Produtores verticalizados têm a alternativa de “vender o calor” de suas térmicas em lugar da venda do gás propriamente dito. Os custos do setor petroquímico dependem tanto do preço do gás que várias fábricas podem fechar. Nos Estados Unidos, o gás extraído das rochas de xisto (shale gas) tem custo baixo e abre a perspectiva de reduzir o custo da energia naquele país, que detém a segunda reserva mundial, depois da China. Apesar produção recorde em 2012 o enorme sucesso na exploração das reservas não chegou ainda a refletir no preço do barril. A china ultrapassou os Estados Unidos no consumo e junto com a Índia continuam responsáveis pelo maior aumento da demanda. Europa e demais países de clima frio continuam dependentes do gás e petróleo russo. GASODUTOS A rede de gasodutos desempenha o mesmo papel que o sistema interligado no transporte de energia elétrica. São redes paralelas transportando tipos distintos de energia: térmica e eletricidade. Portanto, NÃO deveria ter donos exclusivos. Mas ser utilizado por produtores independentes e usuários distantes, na mesma forma utilizada no sistema elétrico interligado: vendendo em uma ponta e comprando em outra de consumo, pagando apenas o aluguel pelo trânsito ou diferença de custos. Como estão estreitamente relacionados no transporte de energia deveriam ser administrado pelo mesmo consórcio comum, como é o Operador Nacional do Sistema elétrico. Hoje o problema não é a energia elétrica propriamente dita para acionamento industrial -- em baixa devido ao elevado preço da tarifa, agravado pelo câmbio -- mas a energia térmica de combustíveis para acionamento dos motores do agronegócio e mineração, principal fonte de superávit externo. Mas ela tem que chegar onde é necessária. “Isso só é possível com mais investimentos e melhorando a operação do sistema” (Adriano Pires). O sistema brasileiro de fato é bem bolado quanto à integração das diversas regiões do país. a saber, quando integráveis, o que não acontece na maioria dos potenciais recém-licitados da Amazônia, cujos rios constituem bacias isoladas de mesmo regime sazonal. Você não pode ter uma dependência tão grande de um corredor exclusivo, tem que ter uma redundância para dar segurança e isso requer malha mais elaborada e ambientalmente cara por transmitir energia, ao contrario da internet que só transmite sinais.

domingo, 9 de junho de 2013


EFICIÊNCIA NO USO FINAL DA ENERGIA O Brasil usa de maneira ineficiente as 2 formas principais de produção de energia, tipicamente: calor e eletricidade. Exemplo: usou hidrelétricas para produzir energia e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque de energia potencial química contida no combustível. Quando usa térmicas o processos não leva em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Agora mesmo, com a intensificação de térmicas na base chegará ao absurdo de gerar energia elétrica para aquecimento de eletrodomésticos – quando poderia queimar o gás diretamente – a menos que hidrelétricas mais adaptáveis sejam utilizadas nos horários de pico. Hospitais, condomínios, shopings, conjuntos habitacionais, etc. não podem prescindir de gerador próprio para gerar a sua própria energia. Cimenteiras, cerâmicas, fábrica vidros, produtores de bebida e alimentos etc. – que utilizam calor de processo – podem ser estimulados a gerar sua própria energia: calor frio e eletricidade, através de usinas combinadas. Um bom exemplo: “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN).

quinta-feira, 6 de junho de 2013

´Tèrmicas não vão suprir ponta


EFICIÊNCIA NO USO FINAL DA ENERGIA O Brasil usa mal e de maneira ineficiente as 2 formas principais de produção de energia, tipicamente: calor e eletricidade. Exemplo: usou hidrelétricas para produzir energia e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível. Quando usa térmicas o processos não leva em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Agora mesmo, com a intensificação de térmicas na base chegará ao absurdo de gerar energia elétrica para aquecimento de eletrodomésticos – quando poderia queimar o gás diretamente – a menos que hidrelétricas mais adaptáveis sejam utilizadas nos horários de pico. Hospitais, condomínios, shopings, conjuntos habitacionais, etc. não podem prescindir de gerador próprio para gerar a sua própria energia. Cimenteira, cerâmicas, fábrica vidros, produtores de bebida e alimentos etc. – que utilizam calor de processo – podem ser estimulados a gerar sua própria energia: calor frio e eletricidade, através de usinas combinadas. Um bom exemplo: “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN). Para tanto existe grande quantidade de energia secundária a ser aproveitada, além do que existe a possibilidade de aumento de capacidade instalada pelo acréscimo de unidas com locais provisionados. Nos sistemas que já atingiram a fase térmica predominante este é um procedimento corriqueiro: hidrelétricas com baixo fator de capacidade. Não estamos proibidos de fazer usinas a carvão. Mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão aí. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares. Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade. Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente. Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencional existente.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

NOVO PARADIGMA ENERGETICO


REFERENCIA DE TÉCNICOS Nivalde de Castro professor da Coppead. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS”. A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente. Comentário: Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Roberto Pereira D'Araújo do Instituto Ilumina. “As usinas hidroelétricas geram 90% da energia e apenas ½ da capacidade térmica – apesar de ter predominância de hidroelétricas.” Comentário: concordo, usa de maneira ineficiente as 2 formas de energia. Exemplo: usou eletricidade para produzir calor e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível. Altino Ventura do MME. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas". "Não teremos mais reservatórios como Sobradinho, Furnas, Itumbiara, Serra da mesa. Não há mais lugar para a construção de usinas com essas dimensões" “Nosso sistema é hidrotérmico, não baseado apenas em hidrelétrica”. Eu não consigo atender o mercado só com os 75% de participação que as hidrelétricas oferecem. E nós não estamos proibidos de fazer usinas a carvão. Comentário: também não concordo, mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares. Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade. Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente. Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencionais existentes.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

ESSERE O NON ESSERE: ECO LA QUESTIONE


“TÉRMICAS: DESLIGA OU NÃO: EIS A QUESTÃO” O governo age às cegas, cada hora uma mudança em favor da modicidade esquecendo a segurança. Porque a pressa em desligar 4 térmicas a diesel inexpressivas? – Roberto Pereira D’Araújo – autoridade no assunto – manteria todas térmicas ligadas. – “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar” (Nivalde de Castro). – Pingueli Rosa diz que deveriam ter sido ligadas antes de outubro. – Altino Ventura afirma que térmicas fazem parte de um sistema já hidrotérmico. Térmicas nunca deveriam ter sido desligadas: deveriam ser permanentes. A desculpa de sempre são os ambientalistas. Enquanto isso a demanda por energia continua em alta no setor de serviços devido aos estímulos ao consumo, mesmo com o fraco crescimento da economia. Com quem ficamos? Há uma saída? Uma possível saída seria apelar para as empresas – que já estão motivadas – no sentido de usar seus geradores de reserva nos momentos de pico. Já estão fazendo isso com medo do racionamento. Outro argumento para não desligar térmicas – mesmo aquelas a diesel – está no elevado potencial de produção das hidroelétricas nos horários de pico. Um bom exemplo é Serra da Mesa que nunca encheu completamente. Altino Ventura tem apontado constantemente que o sistema tem utilizado hidroelétricas para produzir energia em detrimento das térmicas que oferecem mais segurança, por motivos óbvios. Isto tem sido a causa principal do risco atual e futuro. Fontes alternativas, como a eólica, são intermitentes e não manipuláveis. Não estamos proibidos de usar térmicas convencionais a carvão e muito menos nucleares, cujo suprimento é inesgotável. O problema destas térmicas convencionais está no “processo”. São térmicas antigas que requerem caldeira a vapor de baixíssimo rendimento. Acontece que estamos usando energia de maneira ineficiente. Ora usamos fontes térmicas (combustível) para produzir potência (KW) nos picos diários de demanda, ora, usamos hidroelétricas para produzir energia (KWh), constantemente. Não demora, estaremos usando térmicas a combustível fóssil para finalidade de aquecimento quando seria mais barato queimar diretamente o combustível, como fazem os países de clima frio no aquecimento de residências.

sábado, 25 de maio de 2013

TÉRMICAS NA PONTA É UM EQUÍVOCO


HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente. –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Mas, foi usada e vai continuar usando: um verdadeiro desperdício. Hidroelétrica é a única fonte que tem capacidade instalada maior (na proporção do FC 0.55) do que a quantidade energia que é capaz de produzir. "Algumas hidrelétricas já tem local pronto para colocar essas máquinas adicionais, mas ainda não colocaram. Ou seja, a parte civil já tá pronta. É só aumentar a potência da usina”, segundo o NOS, lembrando que essa ampliação não aumentaria a energia assegurada da usina, apenas à potência. No período chuvoso , hidroelétricas tem capacidade mais do que suficiente para atender picos demanda: o problema é no período seco, quando térmicas estão inteiramente ocupasadas na produção de energia. Picos de demanda – é bom lembrar – também podem ocorrer no período seco. Só hidros tem CI maior, ou seja: potência em curtos períodos. Poucas umas térmicas a diesel já estão desligadas mas, seria um erro desligar todas. PICOS DE CARGA Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial – reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos. A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora). È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots). “Até 5 GW de ganho de potência, colocando mais máquinas, apenas adicionando mais unidades, especialmente se houver provisão. È mais barato atender o horário de ponta com a ampliação de potência dessas hidrelétricas do que com térmicas” segundo o ONS. Atender picos de demanda com térmicas é um equívoco. Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico. Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade. Mas para que isso ocorra é preciso haver incentivos, segundo o NOS. “queda de produtividade e de potência das hidrelétricas e o horário de ponta teve que ser atendido com térmicas e isso custa caro. Em alguns momentos, o operador chegou a acionar 9 mil MW térmicos para atender a ponta”. Isso é um despropósito (PEN 2011 - 2015). Este é risco hidrológico à forte diferença existente entre a potência instalada e a energia firme3 que se verifica entre o período úmido e seco do ano. Hugo Siqueira, em 12/04/2013.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

TSUNAMI NA INDUSTRIA SIDERÚRGICA


“Está tendo o efeito de um tsunami na indústria siderúrgica global, pressionando os preços em todas as regiões", disse Michelle Applebaum, analista de Chicago. O Brasil não precisa se intimidar com a oferta desordenada de produtos siderúrgicos (e alumínio) baratos como acontece com trilhos de má qualidade chineses recém-importados. O país tem condições de utilizar a grande capacidade de energia secundária para produzir – mesmo que sazonalmente – bens que a energia elétrica é capaz de produzir como eletro intensivos e aço (eletrólise a quente e fornos a arco), com isso reduzir a pressão sobre a indústria siderúrgica em vias de deixar o país (Siemens, Alcoa e outras). Os processos devastadores chineses não serão para sempre. MOTORIZAÇÃO DE HIDROELÉTRICAS A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

domingo, 19 de maio de 2013

COGERAÇÃO EM CONDOMÍNIO E HOSPITAIS


GERAÇÃO SIMULTÂNEA DE CALOR E ELETRICIDADE 12/04/2013 “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN). HOSPITAL SÃO FRANCISCO- CABO VERDE MINAS GERAIS Instalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte. Hotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.

sábado, 18 de maio de 2013

RESEVATÓRIOS ALCANÇAM 2/3 DO VOLUME MÁXIMO


RESERVATÓRIOS PERMANECEM CHEIOS –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial– reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos. A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora). Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade. È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots). Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

TERMICAS NA BASE, HIDROELETRICAS NA PONTA


RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA Reservatórios quase cheios é a contingência natural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

TÉRMICAS NA BASE, HIDROELÉTRICAS NA PONTA


RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA Reservatórios quase cheios é a contingência natural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

RESERVATÓRIOS CHEIOS


Não basta haver térmicas disponíveis se não houver estoque de combustível, que é o equivalente dos reservatórios de água. Nem pode haver dependência de infraestrutura de transporte (gasodutos, portos). Mas, –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (Mw) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (Mwh). È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver previsão (slots). Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico.

sábado, 4 de maio de 2013

GERADOR SUBSTITUI CEMIG


Instalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte. Hotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

AGIOTAGEM NO ICMS


MUDANÇA ESTRUTURAL PARA UM SISTEMA HIDROTÉRMICO A consequência imediata da baixa de tarifas é a perda de receita dos estados mais consumidores de energia e mudança de postura dos estados mais consumidores diante do novo ‘pacto federativo’. Explico: A declaração da tarifa aplicada (sem impostos) permite ao consumidor calcular o imposto pago por simples diferença. AGIOTAGEM NA COBRANÇA DE IMPOSTOS O preço da energia agora vem declarado explicitamente, menos mal. Exemplo da Cemig: Preço cobrado 0.51/Kwh houve queda de 20% Tarifa aplicada 0.33/Kwh Diferença 0.18/ Kwh A diferença, 0.18 R$/Kwh é imposto (ICMS + PASEP+COFINS) , que, se calculado corretamente sobre a Tarifa aplicada (sem impostos) resulta: 0.18/0.33 = 0.54 ou 54% de (ICMS + PASEP + COFIN) E não 0.18/0.51 = 0.35 ou 35% de (ICMS + PASEP + COFIN) Como vem declarado. Ao reduzir a tarifa aplicada, os impostos (ICMS + PASEP+COFINS) caem automaticamente, porque são cobrados “por dentro”, sem alterar a taxa declarada. A consequência natural é a perda de 20% também dos impostos: de 30% caem para 24% em relação ao cobrado originalmente. Vão pedir compensação, naturalmente.

terça-feira, 30 de abril de 2013

POTENCIAÇÃO OU "OVO DE COLOMBO"


A REPOTENCIALIZAÇÃO DAS USINAS DO SUDESTE Citada como “ovo de colombo” no brilhante trabalho de Ivan Dutra talvez tenha outro significado, como o aumento da capacidade instalada quando sistema atingir a fase de predominância de térmicas e não a simples ’manutenção e modernização’. “A expansão de um sistema puramente hidráulico gera um subproduto chamado energia elétrica secundária, ou seja, aquela parcela cuja disponibilidade não se garante 95% do tempo. Essa energia pode ser entendida como o preço que se paga ao se expandir o sistema através de fontes hídricas. Assim, a disponibilidade crescente de energia secundária acaba viabilizando economicamente a entrada de usinas térmicas. Ela entra no sistema interligado transformando parte dessa energia elétrica secundária em energia garantida, pois complementaria a geração até atingir os 95% de garantia“. Roberto D’Araujo. Agora, é a mudança estrutural para utilização permanente de térmicas na base que afasta hidroelétricas para a ponta, tornando disponíveis grandes quantidades de energia secundária, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários, vidro, papel e celulose, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições. Hidroelétricas podem operar com toda sua capacidade instalada (potência em MW) por breves períodos de ponta ou vizinhança de uma situação de risco iminente. Mas, a energia ficará cada vez mais reduzida ao tempo do período breve. A medida que a carga do sistema cresce cada vez mais as hidroelétricas – em menor proporção – vão, sistematicamente, sendo jogadas para a ponta e produzindo menos energia e, consequentemente diminuindo a necessidade de vazão regularizada para suprir esta peque produção de energia, até que caia abaixo da vazão natural dos rios. Reservatórios deixam de ter significado como produtor de energia ao sistema e passam a funcionar próximo do nível superior do reservatório garantindo potência em intervalos de tempo cada vez menores. Esta é a condição de funcionamento do sistema dos países como a China que voltaram a construir grandes reservatórios, mesmo depois de atingir predominância térmica. Daí os baixos fatores de capacidade (Usina de 3 Gargantas).

sexta-feira, 19 de abril de 2013

AUMENTA PARTICIPAÇÃO DE TÉRMICAS NA MATRIZ


Economia no uso-final da energia As chuvas terminaram e os reservatórios atingem 2/3 da capacidade máxima. Não encheram, mas vão encher nos próximos anos com a utilização de térmicas na base. A inserção mais frequente de térmicas colocadas na base obriga hidroelétricas – agora em menor proporção – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. A participação de térmicas – que já é de 1/3 – em breve chegará a ½ a 1/2, com as térmicas na base e as hidroelétricas cada vez mais afastadas para a ponta. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Diríamos que não só combustíveis mais baratos mas processos mais eficientes na produção e consumo de energia. Ou, como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Ou, em outras palavras: produzir simultaneamente os dois tipos de energia: calor e trabalho. Os dois tipos de energia estão presentes em um mesmo processo de transformação. São inseparáveis: não se pode aperfeiçoar um negligenciando o outro. Exemplificando: – Se vamos instalar uma térmica à gás ela deve estar junto de outra convencional a vapor para reduzir o consumo de combustível fóssil, sem que precise ser desativada. – O próximo leilão de energia deverá incluir pelo menos três novas térmicas movidas a carvão. O mais correto é sejam usinas combinadas com térmicas a gás. Ambas produzindo energia com rendimento próximo de 60%, economizando o combustível da térmica convencional.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

MARES MORTOS QUE NUNCA ENCHEM


Alguns trechos de “AÇUDES DO NORDESTE” por Manoel Bonfim Ribeiro. Os açudes são construções públicas federais, estaduais, municipais, particulares e de cooperação, somando, hoje, o fantástico número de 70.000 reservatórios superficiais, tornando o Semi-árido, a região mais açudada do Planeta. Não há região no Globo, árida ou semi-árida, com tamanha capacidade de acumulação, um cubo de 37 bilhões de m³, um terço do que o São Francisco despeja anualmente no Atlântico. Numa distribuição geográfica eqüitativa disporíamos de um açude a cada 14 km² por toda a superfície do Polígono das Secas. O SEMI-ÁRIDO MAIS IRRIGADO DO MUNDO As águas de chuva seguem três caminhos distintos: evaporação, infiltração e escoamento. A evaporação no Semi-árido é avassaladora, chegando a mais de 80%, no momento da precipitação. A infiltração varia de 10 a 15%. O escoamento é o de águas superficiais e fugidias, formadoras dos riachos. O coeficiente de escoamento (run-off) varia de 10 a 20% das águas caídas, mas é baixíssimo o índice de armazenamento, geralmente, menos de 1% do volume afluente médio anual, por vezes, apenas 0,1%. Apesar de índices tão baixos, os reservatórios acumulam grandes volumes de água, com milhões e bilhões de metros cúbicos, como o Castanhão, um açude oceânico que pode ser visto da lua. MARES DE SAL CARREGADOS PELOS RIOS INTERMITENTES 22 mega-açudes construídos no Semi-árido acumulam nas suas bacias 20,3 bilhões de m³ de água, volume equivalente a 8 vezes e meia a baía da Guanabara, a segunda maior baía do litoral brasileiro. NUNCA SECAM, MAS MUITOS NUNCA ENCHEM Os açudes não secam, são reservatórios plurianuais, inter-anuais, projetados e construídos, com aprimoramento e rigor técnico, pelos engenheiros do Brasil, sobretudo nordestinos, comparados aos melhores hidrólogos egípcios. Cada projeto exige todos os dados climatológicos da bacia hidrográfica em questão, pluviometrias, fluviometria, vazões, run-off, quociente de evaporação, índice de armazenamento, tudo é definido em projeto, inclusive a ciclicidade das secas da região com toda sua série histórica. São analisados e selecionados os materiais usados em cada obra. É tecnologia avançada de alto nível. SÃO MARES MORTOS DE ÁGUAS SALOBAS Construímos, durante 100 anos, com muito orgulho nordestino, o maior patrimônio hídrico do Mundo na captação de chuvas, uma das grandes conquistas da humanidade em terras áridas, uma verdadeira AGUABRÁS, e, num determinado momento, joga-se tudo pela janela, não serve mais, vamos transpor o São Francisco, é melhor. Senhores do nosso Brasil, políticos, governantes, religiosos, administradores, profissionais, executivos e toda a sociedade. A solução para o atendimento às comunidades sertanejas está na distribuição dessa água. A infraestrutura está pronta, basta implantar um vigoroso sistema de adutoras. Os nordestinos serão todos atendidos e assistiremos na AGUABRÁS, o grande naufrágio da “indústria da seca”.

TERMICAS NA BASE - RESERVATORIOS CHEIOS


TÉRMICAS NA BASE AFINAL Foi o uso intensivo de reservatórios – com térmicas e outras fontes à disposição – que levou à atual falta de água nos reservatórios. Apesar de ter predominância de hidroelétricas – 70% segundo Roberto Pereira D'Araújo do MME – as usinas geram 90% da energia e apenas metade da sua capacidade térmica. Se as térmicas tivessem entrado em operação antes – ou melhor, se nem fossem desligadas antes de outubro – a situação hoje seria outra. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS. (Luiz Pinguelli Rosa). Ora, 20 GWmed de energia, gerados por 20GW de capacidade instalada de térmicas não podem ficar paradas a maior parte do tempo a espera do chamado do ONS. È uma quantidade expressiva de energia, 1/3 da energia gerada por hidroelétricas em condições normais. Tomemos o exemplo de Roberto Araujo: um sistema com 70 GW de CI em hidroelétricas e 20GW em termoelétricas. As térmicas, com FC=1, podem gerar: 20 GWmédio ou 1/3 As hidros, com FC=.55, geram: 40 GWmédio ou 2/3 Total de geração térmica: 60 GWmédio ou 1/1 90% por hidroelétricas: 54 GWmédio 10% por térmicas : 6 GWmédio Isso só poderia acontecer com a utilização intensa dos reservatórios o que ocasionou o rápido esvaziamento. Por esta razão as térmicas foram ligadas – por precaução – em outubro, quando nunca deveriam ter sido desligadas. Aqui há uma diferença de 14 GWmedio fornecidos a mais por Hidroelétricas e fornecidos a menos térmicas. Hidroelétricas passaram de 40 para 54 GWmedio, enquanto térmicas reduziram de 20 para 6 GWmedios. Não se trata mais de um sistema complementado por um punhado de hidroelétricas antigas a vapor, mas de um sistema hidrotérmico com forte presença de térmicas. Para que continuem existindo essas antigas térmicas a vapor de baixo rendimento precisam ser melhoradas para que continuem funcionando com maior rendimento do conjunto. Para tanto, basta que sejam acopladas à térmicas a gás de alto rendimento e que – acima de tudo – aproveite todo o calor dos gases para finalidades térmicas. O mesmo se pode dizer das novas térmicas a gás. Precisam estar combinadas à indústria que aproveite a energia dos gases de escape: cimenteiras, fábricas de papel e celulose, indústria cerâmica, etc. Em regime normal, hidroelétricas só poderiam produzir 40 MWm(67% de 60 MWm) da energia e não 54 MWm (90% de 60MWmedios). Há aqui um excesso de 14MWmédios (54000 – 40000) gerados por hidroelelétricas ( ou 23% a mais). Sinal de que hidroelétricas funcionaram com vazões maiores do que sua vazão regularizada em 2012 por tempo prolongado. Mas, com térmicas ligadas de forma permanente já é uma fase mais avançada. Qualquer tentativa de desligar térmicas leva ao risco da repetição de outro verão de poucas chuvas, segundo alertam os técnicos. “Térmicas não poderiam nem deveriam ter sido desligadas.” Terminado o verão, as térmicas disponíveis não serão suficientes e hidroelétricas terão de ser religadas qualquer que seja a situação. O sistema não pode abrir mão de nenhuma alternativa, especialmente as térmicas a gás – na forma combinada – que concorrem para a maior eficiência no uso final da energia ao reduzir o consumo de carvão e óleo nas antigas caldeiras a vapor que não precisam ser se desativadas. “O professor da Coppead, Nivalde Castro, vai além: algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do NOS”. A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente.

sábado, 30 de março de 2013

TERMICAS NO FUTURO


O FUTURO DAS TÉRMICAS EM SISTEMA HIDROTERMICO "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Com o aumento da carga a inserção mais frequente de térmicas colocadas na base afasta hidroelétricas – agora em menores proporções – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. Não existe sistema invulnerável a riscos. Qualquer um que pense seriamente sobre o assunto acha este é um fim desejado. Isto é um absurdo. Benefícios da modicidade têm de ser confrontados com os custos da segurança. Todos nós pagaremos por isto: não há mais ninguém para pagar. Não se trata de uma questão ideológica: faça chuva ou faça sol esta é a imprevisibilidade da natureza. Encham ou não os reservatórios, um dia o sistema será térmico como já é marcante nos países industrializados.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

TÉRMICAS SEMPRE LIGADAS


TÉRMICAS PERMANENTES A manutenção de térmicas ligadas – por segurança –durante o ano todo é o primeiro passo para a permanência definitiva, uma vez que serão ligadas antecipadamente – também por medida de segurança – como conjecturavam alguns setores. Isto mostra a repetição do processo nos anos subsequentes, isto é: a utilização permanente de térmicas na base do sistema. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Térmicas funcionando o ano todo vai permitir que parte da energia potencial economizada em reservatórios seja utilizada para o aumento de capacidade instalada e o restante para economizar combustível. São dois propósitos combinados: Energético: economia de combustível nas térmicas existentes. Potencial: incremento da capacidade instalada pela a adição de mais unidades nas hidroelétricas existentes. Esta combinação de propósitos – corriqueira nos países com predominância de térmicas – só veio ocorrer tardiamente no Sistema Elétrico Brasileiro, depois do choque no preço do petróleo importado. À semelhança das usinas de fio d’água da Amazônia – que também são projetadas com baixos fatores de capacidade – as antigas usinas hidroelétricas vão ter de passar por um processo de repotenciação e modernização.

Diferentes visões:

Lago de Furnas

Lago de Furnas
Pesqueiro do Areado