quinta-feira, 17 de junho de 2010

QUIMERA DOS CARROS ELÉTRICOS

CARROS ELETRICOS
Uma quimera a ser vendida como “novidade tecnológica” aos países em desenvolvimento.

Criado inicialmente para reduzir a dependência do petróleo o etanol brasileiro acabou contribuindo para a redução da contaminação por chumbo e da emissão de gás carbônico, ambas de âmbito global.
A poluição ambiental — que foi problema de países industrializados — atualmente ocorre com maior intensidade nos países em desenvolvimento cujas cidades são as que mais crescem. Com o crescimento desordenado das grandes cidades a qualidade do ar vem se deteriorando e a preocupação com as emissões de gazes em âmbito local abre possibilidades concretas para o veículo elétrico.

A substituição de parte da frota por carros elétricos nas grandes cidades transfere a emissão para locais distantes onde se situam as novas fontes geradoras, o que representa alguma vantagem, mesmo que as novas fontes sejam térmicas.

Nos países industrializados a adoção da nova tecnologia é desvantajosa, pois a energia para acionar carros elétricos teria que vir de outras fontes mais caras e poluentes, algumas delas, termoelétrica a vapor, inclusive nucleares que utilizam caldeira, de baixíssimo rendimento, verdadeira “reminiscência arqueológicas” da era industrial. Alem de não resolver o problema de emissão em âmbito global, provavelmente perderiam dinheiro. Se o combustível utilizado no motor a combustão fosse convertido em eletricidade em usina termoelétrica a gás de alto rendimento, ainda assim o custo do Kwhora gerado seria superior ao do motor a explosão..
A maioria dos países industrializados ainda está na fase inicial da adição de etanol à gasolina. Continuam grandes emissores globais, cuja dependência de petróleo reluta em substituir por outra: a dependência dos combustíveis alternativos.
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Nos países em que hidroelétricas predominam, como o Brasil, a tecnologia é mais eficiente e a energia tem custo menor. Alem da redução das emissões de âmbito global e local, pode ocorrer ganho econômico com a substituição. Ainda assim, mesmo que a substituição ocorra, o remanescente da frota — constituída por veículos a álcool — continua emitindo gazes poluentes em âmbito local.
Hugo da cidade do cabo verde
PS: Você toma um banho de ½ hora num chuveiro de 6000 Watts consumindo 3 Kwhora e paga uma conta de 0.45 x 3 ou 1.35 R$/banho.
Se o chuveiro fosse a gás (gasolina) pagaria 0.21 x 3 ou 0.63 R$/banho
Nota: um aparelho de chuveiro a gás custa 1/5 do mesmo chuveiro a aquecedor solar. Foi o mito da hidroeletricidade barata que perpetuou o uso dos anacrônicos chuveiros elétricos. Qual a razão de tanto encargo sobre energia que é fundamental para produção de bens básicos?

O motor de carros se comporta, termodinamicamente como miniusinas térmicas ambulantes, autônomas como a velhas locomotivas a lenha, que carrega seu próprio combustível e transforma diretamente a energia contida no combustível em energia mecânica de acionamento do veículo. Daí seu prestígio pela autonomia e potência para atender solicitações inesperadas de demanda. São ineficientes pelo processo, mas muito eficientes pelo “regime de velocidade”, acompanhando as inovações de modernas técnicas de fabricação (6000 RPM).

Um comentário:

  1. Hugo
    “Você não está sendo muito exagerado ao comparar o motor à combustão interna às velhas locomotivas a vapor”?

    Afinal a tecnologia do motor a combustão (ciclo Otto e Carnot) vem passando por sucessivos avanços no sentido do aumento do rendimento acompanhando o desenvolvimento de tecnologias modernas no sentido de maiores velocidades e rotações em todos os setores Todo esforço do empreendimento humano tem sido no sentido do aumento constante da velocidade, que constitui a tendência marcante do mundo moderno.

    Esta tendência é evidenciada pelas modernas turbinas dos jatos supersônicos, da incrível velocidade de escape dos foguetes, dos aparelhos de corte de cerâmica, das atuais brocas de dentista, dos automóveis e carros de corrida e, sobretudo, pelo aumento crescente da velocidade da informação. Assim como o mundo todo se desenvolveu graças ao aumento da velocidade da informação, o desenvolvimento correlato do setor secundário ocorre pelo crescimento da velocidade industrial das máquinas e conseqüente aumento da velocidade e rotação dos aparelhos produtores e consumidores de energia.”

    Os mesmos avanços vêm ocorrendo tambem na tecnologia de construção de termoelétricas a gás graças ao aumento da rotação (IV e II pólos), com expressiva redução no custo de capital devido a redução do porte.

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