terça-feira, 4 de janeiro de 2011

NUCLEARES

USINAS NUCLEARES
A reação nuclear é conhecida há mais de um século, entretanto ainda não foi encontrado um meio eficiente de aproveitar a incrível energia contida no interior da matéria. Se todo o calor produzido pela reação nuclear pudesse ser utilizado diretamente no aquecimento — que constitui o maior componente do consumo dos países de clima frio — metade do petróleo hoje consumido no mundo todo deixaria de ser queimado. O maior beneficiário seria o próprio meio ambiente e o petróleo poderia ter destinação mais útil para a produção de bens que se tornarão escassos no futuro.
O reator nuclear reúne tecnologia avançada de combustível com tecnologia ultrapassada de transformação. Por questão de segurança, todo o calor produzido pela reação nuclear tem de passar por sucessivas trocas de calor para finalmente produzir energia elétrica como uma usina térmica convencional que utiliza caldeira a vapor d’água. Não tem limitação física, pois o combustível — utilizado em pequena quantidade — constitui uma fonte praticamente inesgotável de energia. Mas, é o “processo termodinâmico” da transformação subseqüente à reação nuclear que torna o custo de capital do conjunto maior ainda do que o custo operacional das térmicas a vapor convencional.

POTENCIAIS HIDROELÉTRICOS

Sem dúvida os potenciais hidroelétricos constituem a melhor fonte de energia para todos os fins, mas em todo o mundo os recursos potenciais são extremamente limitados devido à quase total utilização. Passaram pelo processo de seleção natural e hoje constituem raridade, encontradas somente em países pobres. No Brasil os últimos potenciais se encontram na planície Amazônica, onde os potenciais são relativamente abundantes, mas de baixa qualidade devido a pouca eficácia do campo gravitacional.
O combustível fóssil é o responsável por 92% do consumo dos países industrializados. Em menor escala os países em desenvolvimento dependem do petróleo e carvão mineral no transporte e produção de alimentos em cerca de 50%.
Como fomos chegar a essa situação de extrema dependência de uma fonte única de energia? No caso do Brasil a dependência dos potenciais hidráulicos — como única fonte de suprimento de energia por longo período — pode levar a muitos inconvenientes, devido às restrições econômicas e ambientais da exploração dos recursos da Amazônia.
Não é nenhuma fatalidade histórica essa dependência porque estes fatos já aconteceram antes. Em pouco mais do que 50 anos — depois da descoberta da eletricidade — quase todos os potenciais hidroelétricos no mundo todo foram utilizados, em razão da sua evidente economicidade. No Brasil não foi diferente. Depois de selecionados os melhores potenciais as possibilidades são remotas. Os potenciais da Bacia Amazônica, vistos como promissores, devem ser analisados com cautela, pois são potenciais de baixas quedas e grandes vazões, situadas em planície de baixa altitude, ambientalmente impróprios e com os altos custos inerentes, em tudo semelhante àqueles de Jupiá e jusante, no Rio Paraná.
E agora, pegos de surpresa, chegamos à condição de objeto de profecias ameaçadoras sobre “o fim do petróleo”, “o fim da água”, “o fim da terra”, “o fim da história”, e culpados pelo pecado original de sujeitos causadores destas catástrofes. Não há nenhuma

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