terça-feira, 27 de abril de 2010

Especula

Este é o blog do especula sobre os assuntos de energia

4 comentários:

  1. pra quem quizer comentar
    Há uma aceitação tácita demasiado simplista de que usinas hidroelétricas são mais baratas e limpas do que usinas térmicas pelo fato de não gastarem combustível. Pode ter sido verdade nas fases iniciais do sistema quando podiam ser encontrados potenciais incrivelmente mais baratos do que termoelétricas inclusive no aspecto custo de capital (Henry Bordem, ao preço de 117 dólares por kW da época). Usinas hidroelétricas são mais baratas quando avaliadas no contexto simples das comparações econômicas restritas aos custos de equipamento, barragem e custos imobiliários de áreas atingidas pelo reservatório sem levarem conta os impactos sócio-ambientais durante e após a construção do empreendimento. O exemplo de Furnas é bastante esclarecedor: Quando foi construída os impactos foram infinitamente maiores do que os que agora são causados pelas usinas do rio Madeira e Belo monte. A superfície alagada atingiu 34 municípios, dos quais o menor deles (Guapé) que ficou ilhado, tem área aproximada de 400 km² (20x20 km), inferior a área alagada por Belo Monte. Não foi levado em conta a recomposição das comunicações e os mais de 50 aterros entre municípios por rodovia asfaltada, como substituição da comunicação por estrada de ferro da Rede Mineira de Viação e Mogiana, cujas estações foram submersas e perdidas para sempre. A única diferença é que por aqui não existiam florestas nem índios para serem defendidos por ambientalista que tambem não existiam, dado que considerações ambientais não eram ainda consideradas. Mas existiam “sitiantes” e suas famílias estabelecidas no cultivo de terras preciosas, os quais não têm ONGS defensoras, por serem menos charmosos. Custa a crer que os 16 mil índios da Volta grande do Xingu estejam confinados a um território tão exíguo, quando por aqui é uma população provavelmente 34 vezes maior, estabelecida em cidades com seus equipamentos prontos que tiveram de ser removidos ou abandonados e sua história apagada. Quando tomamos consciência das mais de 40 compensações aos índios do Xingu e Madeira ou da briga pelos royalties do Pré-sal ficamos imaginando qual a compensação que é devida aos 34 municípios da região atingidos pelo reservatório de Furnas.
    hugo da cidade do Cabo Verde MG

    ResponderExcluir
  2. Poema vulgar sobre uma paisagem agrária: A CHUVA

    Depois de longo e tenebroso inverno, ei-la que surge,
    Deslumbrante e bela com seu manto de cristal
    Colorido em sete cores: de véu e grinalda.

    Vem! ó chuva benfazeja: derrama sobre mim teu pranto doce
    Molha os olhos secos e a face crispa: acalanta.
    Lava o chão, dissolve o pranto, molha a terra, vela o canto:
    Mistura ao pranto meu de tanto chorar por ti.

    Cai, como soe sempre, obliquamente em gotas despejadas,
    Desenhando no céu um quadro chão de retas paralelas:
    Rala e mansa a princípio, depois violenta: descontínua.
    Espessa e sólida, em seguida em jorros, caudalosa,
    o impacto cravando no chão crateras quatrocentonas.

    Corre em rios para o mar e sobe ao céu por força do astro rei.
    Retorna ao chão e molha o solo seco da terra em cio.
    Renova o ar, faz brotar da terra a semente promissora.
    Muda a vida e faz renascer a esperança no coração dos homens.

    Vitor Hugo Cidade do Cabo Verde MG

    ResponderExcluir
  3. Lí seus comentários e gostaria de ver algo postado por você. É possível?

    ResponderExcluir

Diferentes visões:

Lago de Furnas

Lago de Furnas
Pesqueiro do Areado